quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Prosa em poesia

Há dias que a vida se apaga
Somem o encanto, o tanto, o canto
Na rotina amarga do dia, vence o pranto
E é no chorar que o sentir se afaga

Mas não quero deixar de viver estas cenas
Nem tão rápido quero esquecer o sentir,
Pois se tão logo me flagro de mente serena
É porque pra vida, frustrado, eu tento mentir

Não se pode fugir do que a vida controla
Nem esperar que o tempo diga o caminho
Só sorrirás novamente se fize-lo sozinho

São nesses momentos que o peito se esfola
Mas também é daí que se tira o carinho
Pela frugalidade que a vida, efêmera, enrola

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